Aviso: Esta Fanfic é uma adaptação. Muito emborta muitos personagens do universo de Rockman X apareçam nesta saga, o mundo é ligeiramente diferente. Como ela é relacionada com Rockman X, e com os Maverick Hunters, aqui vão algumas pequenas diferenças que vocês devem estar cientes, para não atrapalhar a leitura e não causar interpretações errôneas:
1º Sobre o Ano: A data é a mesma de Rockman X, aqui atribuída como 21XX.
2º Sobre os Personagens: TODOS os personagens da saga são humanos, incluindo X, Zero e Axl, aqui chamados de Ekkusu Whight (Rockman X), Zirow A. Willy (Zero) e Akuseru Aka Alerut (Axl). Lendas Vivas mundialmente conhecidos, eles são capitães famosos que controlam as áreas da Base Hunter. Atualmente estão desaparecidos após uma missão, da qual não retornaram.
3º Sobre o Cenário: O mundo sofre nas mãos de um tirano conquistador, Conhecido como Sigma Red, que controla a todas as nações com seu exército de homens controlados por uma droga, chamada de Maverick Vírus. Os contaminados por esta droga logo são dominados a vontade de Sigma Red, que desenvolveu este vírus por sua própria conta. Sigma Red fazia parte de um grupo de elite, os antigos Irregular Hunters, que caçavam irregularidades, e resolviam casos especiais, acima da força do Exército. Com a revolta de Sigma Red, este passou a querer conquistar o mundo, e os outrora Irregular Hunters passaram a caçar seu rebelado, passando a se chamarem “Maverick Hunters” desde então. Ekkusu, Zirow e Akuseru são os membros mais importantes dos Hunters.
4º Sobre poderes e armaduras: As armaduras potencializam as capacidades humanas, dando-lhes mais resistência, força e velocidade. Porém, sem elas, os humanos são pessoas comuns, que não possuem habilidades especiais (em tese). As armaduras contam com uma espécie de gerador avançado, que alimenta armas diretamente ligadas a elas, como busters e outras armas de fogo. As armas brancas a laser são alimentadas por outro sistema, chamado M.Q.E. - Medidor de Quantidade Energética - que simula a constituição do alvo em forma de energia, fazendo assim com que a arma funcione de acordo com o estado físico de seu usuário (como se fosse a “força” que alimenta os sabres de luz, de Star Wars).
Vamos à história.
As Crônicas de um Caçador Urbano
Capítulo I – Uma missão de rotina.
A chuva batia com força nos imponentes vitrais do Quartel General dos Maverick Hunters, também conhecido pelo alcunha de Hunter Base. As operadoras trabalhavam em serviços de rotina, em silêncio, isoladas do resto da base, enquanto muitos Hunters descansavam, exaustos de suas longas missões, de modo que a Base dos Maverick Hunters parecia desabitada, quase vazia. Porém, uma iluminação se fazia ver, vinda de um dos alojamentos, recortando a sombra do Jardim da ala A.
Deitado em sua cama, com as mãos cruzadas na nuca, fitando o teto, Miyamoto Youta se lembrava de seu passado. Havia sido um caminho difícil com muito treinamento duro e cicatrizes, e principalmente regado com muita dor. Tudo isso tinha dado a ele uma aura sombria, que causava receio nos outros ao seu redor. Enquanto estava perdido em seus pensamentos, divagando, Youta ouviu murmúrios e risadas femininas vindas do quarto ao seu lado, e pensou que deveriam ser duas Huntress fora de serviço, conversando. Coisa de amigas...
Youta não tinha amigos. Nem mesmo seus colegas de serviço eram seus amigos. Estes o consideravam estranho e evitavam sua companhia fora das missões, coisa com a qual Youta já nem se importava mais. Ninguém entendia como o General Signas tinha aceitado Youta em suas fileiras, mais sabiam que ele tinha qualquer razão plausível para aceitar um rapaz com um passado desconhecido e uma força sobrehumana entre os Maverick Hunters.
Youta virou sua cabeça, para olhar o relógio em sua mesinha de cabeceira. Eram quase 23 horas. Suspirando, ele se levantou. Sairia para realizar mais uma de suas missões noturnas, por conta própria.
Youta estava sem camiseta, com uma calça larga de pijama e descalço. Sua musculatura era definida, e em suas costas, uma grande cicatriz, em forma de uma fina meia lua podia ser vista, saindo de seu ombro esquerdo, passando pelas costas e acabando do lado direito de sua bacia.
Youta se lembrava muito bem do dia em que tinha recebido este “presente” em suas costas. Lembrava-se da dor lancinante que sentira quando a espada afiada, umas das poucas destas época, tinha quase lhe aberto ao meio. Hoje em dia, nada mais doía e a cicatriz apenas marcava suas costas. O rapaz, então, cruzou o quarto e foi até o armário do lugar, abrindo-o.
No armário, repousava em um suporte, uma Katana embainhada em uma bainha de ferro negra. O cabo da arma não tinha enfeites e nem guarda para a mão, dando a impressão que quando embainhada, ali não havia espada, pois o cabo e a bainha se encaixavam perfeitamente.
Atrás deste suporte, existia uma segunda porta, dentro do armário. Youta abriu esta também, revelando um colete metálico com um adorno que lembrava um zíper ao meio, correndo por toda a extensão do colete. O colete estava apoiado em um suporte similar ao da espada, e logo abaixo, haviam luvas, botas, ombreiras, joelheiras e um cinto rebitado, todos em algum metal enegrecido, com detalhes prateados, formando uma leve armadura de batalha, muito diferente dos padrões dos hunters. Uma malha negra estava cuidadosamente dobrada, logo abaixo deste conjunto.
Youta vestiu-se, sem pressa, primeiro com a malha, em seguida com a armadura. Logo em seguida pegou a Katana e a desembainhou. A lâmina esbranquiçada retiniu apenas ao ser sacada, demonstrando seu fio mortal. Esta arma, Youta sabia, tinha um corte melhor do que aquela que o tinha ferido. Ele sabia. Já tinha testado-o.
Ele era um dos únicos Hunters que não usava armas a laser ou de plasma. Embora muitos de seus inimigos usassem armaduras blindadas, a espada até hoje tinha se mostrado eficiente, e este era um dos motivos pelos quais seus colegas de missão o achavam estranho: Com um pedaço de metal, ele dilacerava inimigos com muita facilidade. Em uma das missões, um dos oponentes que ele enfrentara possuía uma armadura blindada que nenhuma arma conseguia abrir. Seus companheiros estavam desesperados, e então com um golpe de sua Katana, lá estava o oponente, a descoberto sem proteção nenhuma que o valesse. Com um ar de riso no rosto ao lembrar disso, Youta travou a Katana em sua cintura, em um pequeno encaixe exitente no cinto com esta finalidade, e então, após fechar o armário, saiu de seu alojamento. Silenciosamente, Youta foi em direção aos portões. Os vigias já o conheciam, pois eram comuns suas saídas noturnas. Eles acenaram para ele, e o rapaz apenas respondeu com uma curvatura de cabeça. Desceu até o hangar, onde uma Ride Chaser, negra e prateada, nos mesmos tons de sua armadura, o esperava. Youta subiu nela, e a ligando, partiu.
Indo até a autoestrada, Youta notou que ela estava movimentada. Nada que o preocupasse muito, pois logo iria para um lugar deserto. Então, Youta saltou por cima de uma das faixas do acostamento e foi parar em uma parte deserta da Rodovia, seguindo seu caminho.
Assim calmamente Youta viajou, com uma velocidade acima do permitido, porém sem ser importunado por ninguém. Algumas vezes a polícia rodoviária iniciava uma perseguição a ele, mais logo desistia, quando se aproximava cerca de quinze metros de sua Ride Chaser.
Após uma longa viagem, ele chegou ao seu destino: Uma indústria abandonada, que ficava nas imediações desta estrada.
Youta desceu de sua Ride Chaser, e viu a estrutura envelhecida do local. Súbito, ouviu barulhos: Malhos batiam em algo duro e resistente, soldas funcionavam derretendo e soldando metais.
O Hunter se aproximou da entrada da indústria e notou que uma corrente elétrica passava pelo portão de metal, tornando-o intransponível por meios normais. Sacando sua Katana num movimento rápido, Youta simplesmente retalhou uma parte do portão, interrompendo a corrente elétrica. Logo em seguida, após embainhar a arma novamente, o rapaz entrou calmamente na indústria.
Passando por uma parte desabitada, ainda do lado de fora do complexo central, Youta ouviu um som característico de energia sendo acumulada, bem fraco e baixo a uns vinte metros de onde estava. Em seguida, notou um pequeno brilho vindo de sua esquerda, na mesma direção do som.
Foi então que subitamente, uma chuva de disparos caiu sobre ele, vindos de todas as direções, tendo-o como centro de colisão.
Após os disparos terem acabado, apenas uma nuvem de poeira era vista no local onde o Hunter estava. Os atiradores olhavam com segurança, por terem liquidado o invasor.
Até a fumaça se dissipar e mostrar que não havia ninguém ali. Youta estava ao lado daquele que tinha carregado o buster primeiro, sendo que o corpo deste estava caído ao lado do Hunter, dividido ao meio. Os atiradores lançaram então uma nova saraivada de tiros, e viram então o que Youta tinha feito com os primeiros que tinham sido disparados contra ele.
Com sua Katana, ele repeliu os disparos, movendo-a velozmente e rebatendo cada projétil e carga para cima, fazendo as explosões ocorrerem pouco acima dele. Porém, desta vez, Youta investiu na direção do complexo, enquanto defletia e refletia os tiros. Sim, refletia, pois alguns destes disparos que ele desviava agora voltavam contra seus atiradores, ferindo-os ou matando-os. Da linha de frente de dez atiradores, mediante a esta manobra, o hunter matara sete deles. Enquanto isso, Youta investia contra o enorme portão. Então subitamente, quando estava a cerca de cinco metros dele, Youta embainhou sua Katana. Correndo com uma mão na bainha, e a outra no cabo, ele sacou-a velozmente, num movimento de arco, que destruiu o portão e desnorteou os atiradores. Um deles, que estava em uma janela, mandou um alerta pelo comunicador:
- Temos um invasor, muito poderoso. Tentamos abatê-lo, mais ele matou sete dos nossos!!!
A voz do comunicador respondeu:
- Ok, vamos mandar reforço!
Enquanto isso, Youta continuava correndo em direção ao centro do local, com mais determinação e vontade do que outrora. Com um ímpeto muito maior, ele liquidava o “reforço”, composto de Mavericks com bastões elétricos. Com um simples corte, ele trespassava rapidamente os oponentes deixando-os abertos em partes no chão. Terminando os corredores e oponentes, ele embainhou a Katana.
Então, ele finalmente chegou ao centro da Fábrica, onde encontrou o que procurava:
Uma das fábricas de Vírus Maverick, local onde era produzida a famosa droga que convertia fiéis soldados em máquinas de matar a serviço de Sigma Red, funcionava ali, naquela indústria abandonada. Tubos imensos, com cerca de vinte metros, cheios do líquido arroxeado estavam por toda a parte. Bombas enchiam frascos menores, que por sua vez eram transportados por máquinas até equipamentos de carga. Em cima dos tubos, de costas para Youta, olhando para o interior da fábrica, estava uma figura esguia, que tinha lindos cabelos longos e brancos. Era uma garota, com um longo sobretudo negro e uma armadura padrão por baixo dele, também negra. Seus olhos eram vermelhos, e muito penetrantes. Com a cabeça agora voltada para o invasor, ela encarava Youta com um ar de desdém, sorrindo. Com um salto, da altura absurda em que se encontrava, ela caiu graciosamente no chão, a frente do Hunter, a cerca de nove metros dele. Ainda sim, o olhava com a mesma expressão, até dizer:
- Puxa, você chegou aqui rápido. Não esperava que chegasse aqui tão depressa, depois de ser detido pela guarda. Prazer, meu nome é Rebecca.
Ela fez uma pequena pausa, e depois prosseguiu:
- Bem, você veio fazer o servicinho de sempre, não é? Tudo bem, já resolvemos isso. Mais tem uma coisa que eu não entendo: - Ela coçou a cabeça, com um ar de dúvida - Por que só veio você? Eles geralmente mandam grupos grandes, ou pelo menos, na pior das hipóteses, vocês vem em dois...
Youta ficou em silêncio enquanto a garota falava. Ao ouvir o último comentário de Rebecca, ele disse:
- Eu não vim mandado pela Base Hunter. Vim por conta própria.
Rebecca sorriu, e falou, colocando a língua entre os dentes:
- Então eles deixaram vazar informações? Que interessante...
Impassível, Youta respondeu, dando um passo a frente:
- Não, eu sou um Hunter. Mais estou aqui por conta própria.
Rebecca viu o sinal ofensivo do Hunter e ficou em alerta. Ela fechou seus punhos e armou guarda para Youta, em sinal defensivo.
Youta moveu o pé esquerdo para trás e investiu rapidamente contra a garota, com a mão no cabo da Katana. Aquela técnica que usara para abrir o portão no meio tinha um alvo menor agora, a própria Rebecca.
A garota percebeu a investida, e se preparou para o embate, que aconteceu segundos depois.
Ao mesmo tempo em que Youta sacava sua Katana em um veloz Iaijutsu, Rebecca socou com velocidade o tronco do Hunter.
Os golpes se entrechocaram, fazendo uma explosão de impacto que arremessou Youta e Rebecca para trás, com grande velocidade. Youta firmou os pés no chão assim que recebeu soco e fez uma enorme marca de arrasto, pela fricção de suas botas com o solo.
Rebecca porém, foi jogada longe, e com uma hábil acrobacia, caiu graciosamente em pé.
Assim que se recuperou do golpe, Youta avançou novamente, e Rebecca fez o mesmo. Ambos eram combatente de corpo-a-corpo, portanto quanto menos distância houvesse entre os dois, melhor era para eles.
Rebecca desta vez veio voando, com uma potente voadora, que foi interceptada por uma defesa veloz de Youta, usando a chapa de sua lâmina a frente de seu corpo bloqueando o golpe, segurando a lâmina com a mão espalmada atrás dela, enquanto a outra se mantinha firme na empunhadura. Novamente, ele foi arrastado pelo chão, porém desta vez, virou a lâmina rapidamente, cortando em círculo, no momento em que o chute de Rebecca atingia sua Katana.
Tomando impulso na Katana de Youta antes que ela se virasse, Rebecca saltou para trás, e se esquivou do corte rápido do Hunter. Até o momento, nenhum dos dois tinha sido atingido pelos golpes um do outro.
Rebecca sorriu e ofegando, ela disse:
- Você é bom! Não esperava que conseguisse me bloquear e lutar na mesma velocidade do que eu. Você é bem ágil, mais não me chamam de “Rebecca LightSpeed” à toa. Bwa ha ha ha!!!
E dizendo isso, Rebecca começou a correr, ficando praticamente invisível devido a sua velocidade. Ela vinha correndo, com a mão fechada em punho, abaixada. Youta olhava atentamente para os lados, tentando localizá-la. Realmente, Rebecca estava mais rápida, pois tinha sumido do campo de visão do Hunter. Súbito, ela golpeou o estômago de Youta com força e confiança, crendo que ele não percebera seus movimentos.
Youta sentiu o impacto ampliado pela velocidade dela, mais tinha um fator surpresa: Assim que recebeu o golpe, Rebecca mal teve tempo de esquivar-se da bainha que estava na mão esquerda de Youta e que vinha rapidamente contra seu rosto. Ao recuar, ela abrira sua defesa, uma oportunidade única para a lâmina de Youta, que a golpeou num efetivo corte vertical, exatamente entre os seios da garota de olhos rubros.
O hunter estava sem ar, mais tinha causado um dano grave a Rebecca, que cambaleou, estupefata. Ela arfava, com a mão sobre o corte, que sangrava copiosamente. Aquela maldita espada tinha varado sua armadura como se ela fosse feita de papel! Rebecca estreitou os olhos e investiu novamente na direção de Youta e este na sua direção.
Este segundo embate não durou tanto quanto o primeiro. Desta vez, enfurecida, Rebecca golpeou o rosto de Youta, e aproveitando que este se esquivava de seu golpe, chutou-o velozmente no peito. Youta perdeu o equilíbrio devido ainda a falta de ar do soco no estômago, o que ela aproveitou, aplicando-lhe uma seqüência veloz de ataques, finalizando com um chute forte no rosto de Youta, jogando-o para trás. Sua velocidade tinha aumentado progressivamente a cada golpe, de modo que o chute tinha sido praticamente invisível até o momento do impacto com o queixo do Hunter.
Arfando, com os cabelos desalinhados, Rebecca lançava um olhar de triunfo para Youta, que estava caído no chão. Ao vê-lo abatido, Rebecca desdenhou:
- E agora, o que achou desta? Você me machucou, este corte doeu! E aí está o seu pagamento por ter me ferido!!! Agora está aí caído e... QUÊ?!?!
Youta se levantava, limpando um pouco de sangue de sua boca. Parecia estar bem, apesar da imensa surra que tinha levado. Com um movimento, ele cuspiu um pouco de sangue, e disse:
- Vamos continuar.
Rebecca quis matá-lo. Como ele tinha aguentado seus golpes daquela maneira!? Ele não caíra, afinal? E como tinha se levantado?
Youta segurou sua espada com as duas mãos desta vez, e a apontou-a para Rebecca. Ela não esperou por mais: saltou para o alto e começou a dar cambalhotas no ar. Numa dessas cambalhotas, esticou a perna e conforme caía, girava mais e mais a perna, com velocidade crescente, até quase atingir Youta. Neste movimento, gritou:
- Force Dinamic Kick!
Youta olhou a execução do golpe e simplesmente saltou em direção à Rebecca, diagonalmente. Executando um corte em forma de meia lua, ele passou por Rebecca, justamente quando a perna desta tocava seu ombro.
O movimento foi rápido e logo Youta caiu atrás de Rebecca com a mão segurando o ombro ferido.
Porém Rebecca caiu estrebuchando. A lâmina de Youta tinha atingido-a, e tinha feito um enorme estrago em sua armadura, atravessando a proteção e atingindo em cheio o busto, as costelas e o abdômem de Rebecca. Ela agonizava, enquanto proferia suas últimas palavras:
- Co-como... como... você... co- con-seguiu... me matar...? – ela tossiu, e continuou – Era impossível, eu sou mais rápida que você...
Youta olhou para ela e disse então:
- “Uma luta não é definida pela força de seus oponentes, mais pelo espírito de combate com o qual eles se dedicam a ela...”
Esta foi a última frase que a Maverick ouviu antes de morrer.
Terminada a luta, Youta destruiu os tubos da fábrica e causou um curto circuito nos sistemas, assim colocando o lugar abaixo. Saindo rapidamente, ele abandonou as instalações, enquanto explosões causadas pelo curto começavam a ocorrer. Montando em sua Ride Chaser, ele voltou para a Base. Sua entrada pela garagem foi autorizada pelos vigias. Novamente, estavam acostumados a suas voltas repentinas.
Após fazer o processo de volta até seu quarto, e tirar a armadura, Youta cuidou das contusões que tinha recebido. Tomando um banho, ele deitou-se novamente na cama, e pegou um comunicador, dizendo:
- Missão concluída...
Uma voz feminina e dócil respondeu do outro lado:
- Awww, Youta, eu ainda vou ter problemas por causa disso! Eu não posso ficar usando o sistema da Base Hunter para caçar Irregularidades! Você está quebrando o protocolo!
Youta, então, respondeu:
- Eu estou livrando os Hunters de trabalhos futuros, e ainda limpando a cidade. Acho que não tem nada errado no que eu estou fazendo, Xiao Yu...
A menina, Xiao Yu, fez uma voz de desconfiança:
- Tá, tá... Mais por que que eu tenho que caçar estes registros estranhos? Vou ter problemas, você vai ver!
- Em primeiro lugar, você se ofereceu para me ajudar quando soube da minha ronda noturna, Yu. Em segundo lugar, se os Hunters não falaram nada, e por que ainda não viram, e se viram, para eles não faz diferença. Em terceiro lugar, se quiser parar, eu não me importo. Eu volto a fazer minhas rondas...
Yu ficou muda, e depois falou, com a respiração acelerada:
- Não precisa se matar, como você fazia antes! Eu ajudo você, não ligo para estes negócios de protocolos! Eu só fiquei preocupada... Você está bem? Como foi a missão de hoje?
Youta sorriu para si mesmo. Bastava ele engrossar e ela amolecia. Yu era uma garota inocente, muito útil para localizar atividades suspeitas na cidade, visto que trabalhava na área de operação de Informações da Base. Respondendo a garota, ele disse:
- Apenas uma missão de rotina... – e desligou. Yu ia dizer algo, mais ele já tinha desligado. -
- Youta, eu... >clack<
Feito isso, Youta fechou sua janela e desligou a luz. Tinha algumas horas de descanso, até acordar para os treinos da Base Hunter. Olhando no relógio, se espreguiçou, deitou-se em sua cama e fechou os olhos. Não fora desta vez que tinha achado o que buscava. Talvez, apenas talvez, ele encontrasse na próxima vez. Em uma próxima missão...
Nenhum comentário:
Postar um comentário