quinta-feira, 21 de abril de 2011

Crônicas de Um Samurai Urbano 3

Capítulo III - Um dia de Capitão: Surge Morisato!!!

A recuperação total de Youta veio no final daquele dia. Ele já esperava por isso. Signas tinha lhe dado o título de Capitão Honorário para que ele demonstrasse que ele não estava apostando suas fichas em vão. 
Durante o dia, ele pediu informações sobre como estava sua armadura. Os engenheiros lhe disseram que estaria pronta naquela noite, pois estavam colocando novas coisas nela. Youta pensou que ser capitão compensava às vezes.
Ao término de um dia de extensos check-ups, para ver se seu corpo estava bem, afinal o Hunter Samurai foi liberado.
Indo para seu quarto, viu logo no corredor que havia uma grande caixa em frente da porta do lugar. Empurrou a caixa para dentro e a abriu.
Tomou um susto. Sua armadura brilhava. Feita agora em um metal enegrecido, tinha novos entraves laterais, sem deixar de perder a forma de colete. Possuía chapas de metal em suas pernas, ombros, pulsos, e cintura, lembrando o design de uma Yoroi¹ agora.
A malha por baixo dela estava azul marinha, e os detalhes em prata haviam sido trocados por detalhes em azul vivo, com um brilho elétrico.
Sua Katana, porém, não tinha sofrido nenhuma alteração. Youta suspirou aliviado.
A razão de seu susto tinha sido esta. Que tivessem mexido em sua Katana e na lâmina dela. Respirando aliviado, ele vestiua nova armadura.
Caía como uma luva nele, estava perfeita! Ao sentir os encaixes da armadura, percebeu que ela aumentava ainda mais a sua velocidade. Além disso, se sentiu mais protegido, mais resistente a danos.
Foi então que se preparou. Devia sair mais uma vez, para conferir do que era capaz agora. Quando foi abriu a porta, se deparou com Xiao Yu, que entrava com os braços estendidos e as palmas abertas voltadas para frente, empurrando o peito de Youta para trás. Sem entender, ele foi dando passos para trás, acompanhando a garota, até que isso o obrigasse a se sentar na cama. Xiao Yu voltou e fechou a porta, para finalmente apenas dizer:

- Você não vai sair hoje.

- Como assim, eu não vou sair hoje? Por quê? – inquiriu o jovem hunter, confuso com a atitude.

- Você quer que eu enumere? – Sem esperar resposta, ela prosseguiu, contando nos dedos, e afastando um dedo para trás a cada movimento contado. - Tá, vou enumerar: Primeiro, Você agora é capitão. Segundo, Você não se recuperou totalmente ainda. Terceiro, Você tem que estar inteiro para amanhã e uma missão dessas sempre te deixa acabado. E Quarto, mais não menos importante, NÃO TEM NENHUMA IRREGULARIDADE HOJE, SEU TONTO!!! – Finalizou Yu, elevando a voz com raiva. Ela sentou-se na cama, sem fôlego. 

- Eu só ia testar a armadura... – disse Youta, sério, encarando Xiao Yu com frieza.

Na verdade, a idéia dele era se acostumar com a nova armadura mesmo, para não passar vergonha na frente dos novos Hunters que lideraria. Um Capitáo inexperiente é tudo que se precisa para se desestimular uma tropa. Tudo bem que sairia, mas agora teria que se dedicar mais à Base Hunter, e por isso não iria caçar encrenca. Ele sabia muito bem disso. Xiao Yu olhou repentinamente para ele.

- Você não vai sair?

- Preciso estar nas minhas melhores condições amanhã. Só poderei sair em busca das respostas que procuro depois que sanar minhas obrigações de Capitão. Eu não sou criança, Yu-chan, eu sei o quanto este posto significa. Agora com licença, eu vou sair, mais não vou caçar nenhuma irregularidade. Vou me acostumar com esta armadura.

A atitude da menina, de extrema preocupação deixou Youta irritado. A Operadora o achava um inconseqüente, achava que ele deixaria os problemas pessoais acima das obrigações. Ele cerrou o punho e se encaminhou para a porta do quarto. Xiao Yu ficou em silêncio. Então, antes que ele saísse, ela fez um comentário, em voz baixa:

- A Base disponibiliza várias áreas de Treinamento. Os Hunters não podem entrar sem permissão, mais elas são liberadas para os Capitães e para os mais graduados. Se quiser, eu posso abrir o acesso para uma destas áreas, com a sua senha de capitão, para você poder treinar.

O comentário foi feito em voz baixa, com uma voz engasgada. Youta estava de costas, e por isso não viu o por quê do engasgo. Estava pensando. Agora, que ele era capitão, devia pensar primeiro em ficar inteiro, para poder estar em condições de conduzir a tropa. Se ele se desgastasse saindo e voltando, ficaria em um estado em que não teria tanta força, ainda que fosse apenas caminhar e correr. E agora, mais do que nunca, a sua força total era necesária. Queria passar uma boa impressão para seus novos comandados, dar-lhes confiança. Resolveu aceitar a idéia de Xiao Yu, e se virou, em direção a ela para lhe dizer isso.

O que viu em seguida o deixou sem reação.

Xiao Yu chorava, sem emitir som algum até aquele momento. Suas lágrimas escorriam pelo rosto, copiosamente, culminando em seu queixo, de onde pingavam seqüencialmente. Estava encolhida, com os olhos contraídos, e uma expressão de profunda tristeza neles. Ela, então, sem poder se segurar mais, se atirou nos braços dele, e começou a soluçar sem parar. Ela segurou a malha dele e a apertou, como se buscasse apoio, puxando-a com uma força desamparada. Seus soluços ficaram mais fortes, e encostando a cabeça no peito do Jovem Capitão, ela gemeu de arrependimento. Então, disse num sussurro:

- Gomen... Gomenasai... Youta-kun...²

Youta esperava ser atropelado por um ônibus verde com bolinhas roxas, cheio de Mavericks, que entrasse voando pela janela do quarto, com um alienígena em cima dançando “Volare”, mas não esperava por aquilo. Xiao Yu o pegara completamente de surpresa com esta atitude de arrependimento. Sem saber o que fazer, ele passou a mão nos cabelos de Xiao Yu e a abraçou, consolando-a.
Talvez tivesse chateado a menina com sua grosseria. Foi o que pensou, já que ela tinha pedido desculpas. Pensou em se desculpar, em aceitar as desculpas dela e dar as suas. Então, levantando o queixo da menina, molhado pelas lágrimas dela, para que ela olhasse para ele, Youta disse:

- Está tudo bem, Yu-chan, não precisa...

A frase se interrompeu por uma razão simples: Quando Youta ergueu o queixo da Operadora, ela estava de olhos fechados e com os lábios entreabertos, como se esperasse uma carícia, como se quisesse ser beijada!
Youta travou. Nunca tinha pensado nisso, nunca tinha pensado que Xiao Yu quisesse isso dele. Ele manteve a respiração suspensa e não avançou. Yu sussurrou, ainda de olhos fechados e lábios entreabertos:

- Aishiteru... Youta Senpai-san...³

E sem esperar mais, Xiao Yu agarrou o pescoço do atônito rapaz e lhe roubou um beijo apaixonado.
Youta não soube o que fazer novamente. Se deixou ser beijado, mais por falta de reflexo do que por qualquer outra coisa. Nunca tinha beijado uma garota antes. Porém, não reagiu ao beijo, não correspondeu a carícia de Xiao Yu.
Após ficar entrelaçada em Youta por alguns minutos, ela se soltou bruscamente e recuou. Youta a olhava com um olhar surpreso, mas frio ao mesmo tempo.
Sem dizer mais nada, Xiao Yu passou por ele e fechou a porta atrás de si. Estava sorrindo. Youta sentou-se na cama. Tocava os próprios lábios e tentava entender. A menina Operadora parecia ter gostado o que tinha se passado. Porém, ele não sentira nada com aquele toque. Não tinha significado nenhum para ele. Tinha ficado nervoso e assustado com a ousadia de Yu por fazer uma coisa destas com ele.
Após alguns minutos, o seu comunicador tocou. Era a própria Xiao Yu. Parecia contente e estava com a voz alegre:

- Kunbawa, Youta-Taicho.¹-¹ Estou ligando para informar que a sala de treinamento já está liberada, e o seu cartão o espera inserido na porta. A sala é a número 42 do 25º andar. Tenha um bom treino. A propósito, só para constar, eu serei a operadora da 14ª Divisão. Não é demais? Até mais, Youta-san. – disse ela, rindo e desligou.

Youta tirou o comunicador do seu ouvido e olhou para o aparelho, como se Xiao Yu estivesse dentro dele. Então disse para si mesmo, ainda encarando o comunicador:

- Afinal, ela enlouqueceu ou é impressão minha?!

Desistindo de entender, Youta colocou novamente o comunicador e se encaminhou para o lugar informado. Lá chegando, apanhou o cartão azul elétrico que estava apoiado na fechadura digital da base e entrou na sala.
A sessão de treinamento foi rápida. Porém, Youta se sentiu em um sonho. Sua armadura era mais rápida, e seu movimentos ficavam mais livres, como se ele usasse um leve quimono. Sentia a sua força fluir normalmente para o cabo da Katana quando golpeava, coisa que era difícil sentir sem uma armadura especial. Sentia uma quantidade crescente de energia se agitar em seu corpo, sem que ele se cansasse. Retalhava os bonecos de treino, sem dificuldade, contando:

- Ichi!!! Ni!!! San!!! Shi!!! Go!!! Shichi!!! Sechi!!! Hachi!!! Kyuu!!! JYUU!!! HA!!!¹-²

Os dez golpes tinham sido desferidos rapidamente, porém aplicados com calma. Youta não tinha se esforçado ainda. Decidiu testar seus novos limites.
Com um pequeno sorriso, ele chamou uma nova onda de bonecos de treino. Usando suas capacidades sobrehumanas, ele saltou e começou a destroçar os bonecos. Sua velocidade aumentou tanto que ele começou a aplicar diversos golpes em um único boneco, partindo-o com exímia eficiência, deixando-o em retalhos. Ao término do treino, partiu para a sala de simulação, onde seus resultados não foram nem um pouco inferiores. Os cenários e inimigos não o intimidavam nem um pouco. Finalmente, estava pronto. Já tinha se acostumado com o sonho que estava em seu corpo agora.
Saindo da sala de Treinamento, ele foi para o seu quarto. Tomou uma ducha novamente e caiu sem cuidado na cama. Apesar de não ter feito absolutamente nada o dia inteiro, estava precisando dormir bem pelo menos uma noite.
Na manhã seguinte, não foi o despertador que o acordou. Batidas rápidas na porta, de forma enérgica, o fizeram pular da cama. Respirando aceleradamente, ele perguntou:

- Quem está aí?

- Hã, Senhor Miyamoto...? Desculpe incomodá-lo tão cedo... Meu nome é Kalderash, e... hã... eu sou da Divisão de Cadastro da Central de Operação de Informações... Preciso lhe passar um pequeno relatório de suas atividades matinais, mas posso voltar outra hora... – respondeu uma voz nervosa do outro lado da porta, já se afastando. 

- Não é necessário. Entre. – respondeu Youta.

Quando o nervoso Kalderash entrou, Youta já estava no banheiro. O rapaz ficou olhando o alojamento por alguns instantes, de pé, ao centro dele.

Youta disse, assim que ouviu o rapaz entrar:

- Pode ficar a vontade, Kalderash. Eu já estou me arrumando, só um momento.

Kalderash pensou que o rapaz tinha nascido para ser capitão. Já estava se sentindo no quarto de um Hunter de alta patente, mesmo que o rapaz tivesse sido nomeado ontem! Sentou-se na cama e ficou olhando os detalhes do quarto do rapaz.
O quarto era simples, como o de qualquer outro Hunter Cadete: Uma pequena suíte, com uma cama ao centro, uma janela à esquerda e um armário na parede à direita. Um guarda roupa ficava à frente. Como em qualquer alojamento. 
Porém, o quarto de Youta tinha um diferencial: um lindo dragão chinês, serpenteante, pintado em uma das paredes, tendo alguns altos-relevos nas escamas. No lugar onde seriam suas garras, existiam suportes, cabideiros no formato das garras do dragão. Pareciam que as garras do dragão seguravam as roupas do rapaz. A cabeça do dragão também possuía alto relevo, dando a impressão que o monstro saía da parede em um salto.
Impressionado, Kalderash seguia o desenho com os olhos. Até que Youta saísse do banho, com uma calça simples, sem camisa e descalço, como sempre. Ele secava despreocupadamente os cabelos com uma toalha branca e felpuda.
Kalderash passou-lhe um manual de instruções de como agir, agora que era capitão e um pequeno símbolo: O Brasão dos Maverick Hunters. Com uma solda, ele habilmente fixou o desenho do brasão na ombreira direita da armadura de Youta, o padrão de todo Capitão.
Após todo o cerimonial, Youta ia sair para tomar café, quando Kalderash lhe apontou para fora do quarto. Havia uma bandeja com o café da manhã. Com um pequeno sorriso, Youta trouxe a bandeja para dentro e começou a comer, aliviado por não ter que ir até o refeitório. Então, ele se vestiu com a armadura e foi, finalmente conhecer sua equipe.
Estava ansioso para vê-los.
Chegou a porta do local e suspirou. A 14ª Divisão ficava atrás de uma porta longa, separada de todas as outras Divisões. O corredor estava deserto, e ele não ouvia ruídos atrás da porta. Ele hesitou e então passou seu cartão magnético, abrindo a porta.
Youta se deparou com uma sala simples, com um grande computador de uma tela grande, que ocupava a parede oposta inteira. A tela estava apagada e a pontrona em frente a ele, vazia. Havia uma mesa de centro e vários disquetes e CDs ali, sobre ela, espalhados ao acaso.
Em volta da mesa, haviam vários puffes, poltronas e cadeiras, e sentados nelas, estava a equipe mais exótica que Youta já havia visto. Assim que entrou todos os presentes olharam para ele.

A direita do jovem Capitão estava um rapaz, confortavelmente jogado em uma poltrona, com os pés apoiados na mesa. Ele tinha os cabelos cinzelados, rebeldes e espetados como os de Youta, porém bem maiores. Os olhos, de um coloração cinza-grafite marcavam sua expressão penetrante e marcas no rosto, similares a pinturas de guerra, de coloração azul-forte, adornavam cada lado de sua face.
O rapaz não estava de armadura. Estava usando uma camiseta regata preta, com o desenho de um dragão chinês vermelho nela, uma larga calça Jeans azul marinho, e tinha correntes presas aos dois lados de seu cinto preto de couro. Tirando isso como base, poderia se dizer que estava à paisana.
Porém, Youta viu, com surpresa, que os braços, desde as mãos até o cotovelo, e as pernas, dos pés até o joelho, eram feitas de metal. Os dedos do rapaz eram segmentados, formando o desenho da muscultatura humana. Até a dobra de seus cotovelos era uma complicada roldana, assim como seus joelhos. Os pés do rapaz tinham a forma de um solado de coturno. As próteses eram trabalhadas em metal enegrecido e com os detalhes em laranja que elas possuíam.
Youta imaginou quanta dor o rapaz havia sentido para ganhar aqueles apêndices em seu corpo.

Voltando a cabeça um pouco para a esquerda, Youta viu, ao centro da sala, uma garota de longos cabelos louros, presos em dois rabos de cavalo pararelos, e olhos verdes com um brilho espelhado. Seu rosto tinha três pequenos riscos nas bochechas, adornando os traços finos deste. Usava uma armadura verde-limão, com braceletes e joelheiras, ambos brancos, que no design lembravam faixas de pano. Em sua cintura, havia um cinto largo, também branco, que lhe caía do lado direito do quadril e preso neste, haviam pequenas formas retangulares, similares a barras, que Youta não adivinhou a utilidade. Pelo seu tamanho, ela parecia ser ainda mais nova que Xiao Yu, porém seu corpo constestava esta idéia. Ainda em seu cinto, preso do lado que não caía pelo quadril, a menina tinha um aparelho similar a um Walkie-Talkie, porém todo laranja e cinza, com alguns detalhes rajados em preto. Era cheio de botões esquisitos e tinha até um pequeno Joystick instalado nele!
Desistindo de entender a menina, o Capitão Hunter voltou sua atenção para os outros presentes.

Havia ainda na sala um rapaz, este de armadura, porém com o elmo repousado no colo e as mãos cruzadas sobre ele. Sua armadura era Roxa e tinha detalhes em amarelo ouro. Mais ele parecia ser de algum clube de esportes, pois sua armadura lembrava incrivelmente uma roupa de Rúgbi, com os ombros alargados propositalmente e um capacete gradeado. Além de suas Luvas deixarem suas mãos enormes e suas botas parecerem com sapatos de Futebol Americano, ele tinha um cinto roxo. Nas suas costas do rapaz estava apoiado um enorme Bastão de BaseBall! Seu rosto era o mais curioso: com a exótica pele negra, o rapaz tinha um esparadrapo atravessado em seu nariz, que por sua vez era largo e achatado. Tinha as sobrancelhas grossas e inquisitivas, com os olhos verdes e pequenos. Seus cabelos tinham pequenosDreads, trancinhas que se penduravam aos lados de seu rosto. Atada à testa, uma bandana camuflada adornava o rosto do rapaz.

E fechando o quadro dos presentes na sala, estava de pé escostado a esquerda de Youta, um rapaz, aparentemente o mais comum dentre eles.
Tinha os cabelos negros, com franjas e mechas que lhe cobriam parcialmente os dois olhos, estes finos e negros, muito similares aos de Youta. Estava de braços cruzados, recostado na parede, em silêncio e foi o único a não voltar a cabeça, quando Youta entrou. Youta notou em sua cintura, um coldre com duas pistolas de três canos presas nele, uma prateada e outra cor de bronze. Porém, o que mais chamou a atenção de Youta neste indivíduo, foi sua armadura. Ela era negra e exatamente igual a de Rebecca, a Maverick que Youta havia enfrentado a pouco tempo. O rapaz usava até mesmo um sobretudo, muito similar ao de Rebecca. Atento, Youta o olhou com cautela.

Youta fechou a porta atrás de si. Um silêncio tenso se instalou na sala. A menina loura então falou, quebrando este silêncio, com uma voz rouca e rebelde:

- Você deve ser o Capitão que mandaram para nós... – Sua voz além de rouca, era provocante e sensual, mostrando que sua pouca idade nada mais era do que aparência. - ... Interessante... Espero que saiba que nós somos uma tropa problemática e nenhum capitão dura conosco.

- É isso aí, ô do cabelo estranho!!! – Completou o Jogador de Rúgbi. – Se começar a amarelar, pode ir pedindo transferência desde já!

Quando Youta ia responder, um novo acontecimento chamou a atenção dele. Um enorme barulho de explosão, seguido de um grito, fez com que se alarmasse. Os outros reviraram os olhos, como se já soubessem o que iria acontecer. A menina colocou a mão na cintura e esperou.
Um Robô de aproximados 3 metros saiu do cômodo interligado aquela sala, carregando em seus braços um jovem, com sinais de queimadura e de fuligem em todo corpo e resmungando. O Robô tinha um cristal verde, um único “olho” no centro do que seria sua cabeça, que se dividia em três partes interligadas, que estavam apoiadas em um pescoço segmentado. Os braços eram desproporcionalmente longos, e suas mãos, que tinham três dedos articulados, tocavam o chão, porém estas estavam segurando o rapaz e por isso, estavam erguidas. Suas pernas eram curtas e bem articuladas, com dois joelhos e três dedos, como nas mãos que as apoiavam muito bem, e tinha o corpo todo laranja, com detalhes em vermelho e rajado de negro, nas mesmas cores que o aparelho da garota loura carregava na cintura. O garoto em seus braços gemeu. Este usava grandes óculos redondos, de armação negra, um jaleco de cientista e uma armadura azul-clara, com detalhes em azul-marinho e branco. Tinha um cinto negro também, aonde carregava ferramentas de todo tipo. Por trás dos óculos, seus olhos eram castanhos, e por trás de toda aquela fuligem, ele exibia cabelos claros, arroxeados e repartidos ao meio, que lhe alcançavam as orelhas.

O robô parou de caminhar quando chegou ao grupo e ficou imóvel. O rapaz resmungou e se revirou. Abriu os olhos e sacudiu a cabeça, dizendo então:

- Ai, ai, mais um circuito de ligação quântica que explode. Já é o quinto esta semana. Alguém pode me dizer por quê eles são tão instáveis?! Obrigado, Inu¹-³, mais já está tudo bem. Pode me pôr no chão. – Disse o rapaz, olhando para o robô, com um sorriso simpático. 

O robô não se mexeu.

- Me põe no chão!!! – Disse o garoto, já impaciente.

O Robô continuou imóvel.

- Himiko, fala pro Inu me pôr no chão!!! – disse finalmente o rapaz, terminando a frase com desespero e olhando para a menina loura.

Com um ar de enfado, suspirando, Himiko pegou aquele aparelho em sua cintura e disse, colocando-o próximo à boca:

- Solta, Inu.

O robô obedeceu, simplesmente largando o garoto, que caiu com estardalhaço no chão. Ele levantou depressa, olhando para a menina com uma veia saltada na testa, enquanto todos riam, exceto Youta. Então ele esbravejou:

- Você podia ter dito para ele me pôr no chão gentilmente, e não para me largar com tudo!!!

- Ele tem a A.I. de um cachorro, o que você queria? – revidou a garota, cruzando os braços.

Foi só então que o rapaz notou a presença de Youta, que estava sem fala desde o momento que tinha entrado naquela área. Subitamente, ele apontou com o polegar, pois estava de costas para Youta e perguntou:

- E quem é o cara estranho?

Youta achou um absurdo. Desta vez, em relação aos demais, ele era o mais normal. Então, dedidiu tomar a frente, como capitão e botar ordem na bagunça instaurada:

- Saudações. Meu nome é Miyamoto Youta, e fui nomeado recentemente Capitão da 14ª Divisão. Espero que possamos nos dar bem. Primeiramente, eu gostaria de saber o nome de vocês e suas funções na tropa, por gentileza.

Todos emudeceram. O rapaz sentiu hostilidade no ar. Estavam descrentes de sua capacidade, ele sabia disso. Ele já sabia que seria assim. Estava esperando uma equipe descrente.
Mas aqueles Hunters eram como ele. Excluídos dos outros por serem diferentes ou mais capazes. Ele entendeu o que Signas queria colocando-o a frente deste grupo: um capitão comum não aguentava o tranco. Mas Youta aguentaria. Signas era muito sensato, afinal. Sorriu por dentro. Agora tinha uma equipe com a sua cara.
Foi a vez dos Hunters, meio a contragosto, se apresentarem. Achavam que tinham um fracote como líder. Apesar disso, foram educados e até simpáticos.
O rapaz dos braços mecânicos foi o primeiro. Ele se levantou e disse:

- Prazer em conhecê-lo, Capitão Miyamoto. Eu sou Hikarimono Kazuya, ao seu dispor. Minha função na tropa é de resgate em incêndios e construções prestes a desabar. 

E dizendo isso, Kazuya se sentou novamente. 
O nome “Hikarimono” era familiar para Youta, porém ele não se lembrava de onde.
Logo após, a menina loura se apresentou, se aproximando mais e batendo continência:

- Uzumaki Himiko, Huntress de Assalto, se apresentando senhor! Minha função na tropa é buscas rápidas e rastreamento de alvos. – Sua voz rouca, quando ficava séria, dava-lhe um tom mais sensual do que de costume.

O rapaz negro, ainda sentado, só levantou a mão esquerda e acenou, dizendo num tom despreocupado:

- Victor Torrez. Hunter de resgates em áreas difícies. Especialista em demolição, tá ligado? 

Ainda recostado a parede, o rapaz de sobretudo nada disse até que Youta voltasse a cabeça para ele. Então, numa voz baixa e conclusiva, ele finalmente respondeu:

- Akira. Hunter de infiltração. 

E por fim, o garoto de óculos apresentou-se. Foi o mais entusiasta de todos, talvez pelo olhar de seriedade que Youta lançava a ele:

- É... Olá!! Eu sou Tenjo Chrono, e sou da parte de engenharia técnica. Este educado robô... – ele olhou nervoso para o grande Robô que ali estava. – é Inu, nosso mascote. Trabalhamos juntos, na parte de localização de alvos e resgates motorizados. Embora o Inu só obedeça a Himiko... – disse ele, olhando de lado para a menina com desgosto.

Inu caminhou até o lado de Himiko. O robô se apoiava nas “mãos”, andando como um gorila, o que o fazia ficar mais parecido com um cãozinho. E esta se defendeu, encarando Chrono e segurando-o pela gola do colarinho:

- Será que é por quê eu o encontrei e adestrei Chrono, ou será que é por quê você só explode coisas perto dele? Hein? – disse ela, puxando-o contra ela e erguendo o punho, ameaçando socá-lo.

Chrono se encolheu e fechou os olhos, assustado, esperando o impacto do soco. Então Youta resolveu intervir. Se aproximou rapidamente dos dois e colocou o braço entre eles, separando-os. Com a voz fria, ele disse:

- Parem já com esta discussão infrutífera. Não quero ver membros da tropa discutindo. Vamos todos para a área de Treinamento. Quero ver o que vocês sabem fazer. Agora!

E tocando seu auricular, ele chamou:

- Yu? Libere a sala de Treinamento 42. Estou levando a 14ª Divisão para aí. Imediatamente, Por favor.

Yu respondeu no comunicador:

- Ok, estou liberando, Capitão.

Ele virou as costas e indicou que o seguissem com os dedos. Não ouviu um único ruído em resposta. Quando estava no corredor, achou que estava sozinho, pois não ouvia passos seguindo-o, somente barulho de engrenagens. Pensou que a tropa teria simplesmente o ignorado. Quando se voltou para trás para olhar, viu todos os membros da 14ª Divisão acompanhando seus passos.
Ficou surpreso, mais achou mais do que normal. Tinha que se acostumar com o fato de que era capitão. Não estavam lhe fazendo nenhum favor quando o seguiam. Estavam cumprindo ordens. Pelo menos eram disciplinados, pensou Youta.

Chegando no local, Youta deixou que entrassem e fechou a porta. Então pediu para Xiao Yu organizar o Treino da mesma forma que ele havia feito consigo. Depois observou-os, um a um como se saíam.

O resultado foi melhor do que ele poderia esperar.

Assim que os Bonecos de treino, uns robôzinhos em forma humanóide, apareceram, entrando pelo outro lado da arena, Kazuya disparou.
Suas próteses o faziam correr na mesma velocidade de um humano com armadura. Porém, por seu corpo ser mais leve, e por conseqüência disso, menos denso, tornava-o muito mais ágil do que a maioria dos Humanos armadurados. Com uma expressão concentrada, ele cerrou os punhos, e saltou. Os robôs eram capazes de disparar rajadas de tinta, mas nenhuma acertou Kazuya. Eles as rebateu para cima, com os braços, e estas explodiram no teto, onde ficaram marcadas. Suas próteses fizeram um barulho de engate, e do alto, ele se precipitou em direção aos inimigos. Com um soco certeiro, destruiu um deles, e continuou a avançar por dentro das tropas, acertando socos em todos os que podia alcançar com seus punhos. A cada soco que dava, uma cabeça a mais explodia. O rapaz também lutava a chutes, acertando as costas e o lugar onde seriam as costelas, com poderosos golpes de Karate. O barulho de engate prosseguia, aumentando aos poucos.

Enquanto Kazuya se engalfinhava com a tropa, Himiko corria em direção da parede. Com um rápido impulso de corpo, um dash, ela a alcançou e saltou. Youta pensou que ela tomaria impulso na parede. Pelo contrário. Foi como se Himiko aderisse a ela, ficando perpendicularmente apoiada na parede da sala. Assim que se posicionou, ela começou a correr em alta velocidade pela lateral, com seu corpo quase horizontal. Os robôs atiravam suas rajadas, mas ela se esquivava habilmente, e com um sorriso, ela alcançou as barras do cinto.
Colocou-as entre os dedos, três em cada mão e saltou diagonalmente em direção ao teto, desta vez sim tomando impulso na parede. As barras em suas mãos brilharam e se revelaram: adagas de laser, em coloração verde, com as “lâminas” projetadas triangularmente. Himiko as arremessou e estas, ao fazerem contato com os robôs ou com o chão, explodiram. Neste ínterim, Himiko aterrissou, porém sem parar, ela saltou novamente para o alto e com uma hábil cambalhota aérea, ela arremessou o seu Walkie-Talkie para a direção dos seus aliados Victor e Chrono.

Neste movimento de Himiko, um grande estrago estava acontecendo a frente dela. Victor tinha entrado na brincadeira. Primeiro ele tinha investido com o ombro abaixado, dando um grande encontrão nos robôs, que foram atropelados e arremessados longe por aquele gigante. Então, ele sacou seu bastão de Baseball, e apertou seu cabo, com força. Ele o girou sobre sua cabeça, e golpeando lateralmente, varreu uma boa parte dos oponentes. Em seguida, ele cravou o bastão no chão da sala. Uma onda magnética se gerou a partir do bastão, destruindo os inimigos na área em torno de Victor. Continuou a destruição com os próprios punhos, que não ficavam atrás no quesito dano. Arrasava robôs facilmente com seus socos. De quando em quando, ele se apoiava no bastão e chutava, destruindo vários oponentes de uma só vez.

Enquanto Victor distraía a Tropa, Akira se aproveitava disso. Ele com certeza, era o mais ágil da equipe. Rolava por entre os oponentes, sumindo entre eles. Sacou suas armas e atirou. Os três canos de suas armas rodavam, fazendo os disparos saírem na velocidade de uma metralhadora. Akira disparava em pontos estratégicos da tropa inimiga, danificando as pernas dos oponentes que Victor golpeava, facilitando a destruição do gigante. Saltou para frente, e num hábil rolamento, se esquivou de possíveis rajadas de tinta, indo parar ao lado direito de Kazuya. Saltando furtivamente, ele tomou impulso no ombro direito de Kazuya, pisou nas costas de Victor e ainda no ar, ele disparou tiros randômicos nas tropas, derrubando inimigos já feridos. Logo após, Akira pousou graciosamente, exatamente como Rebecca tinha feito na luta contra Youta. Ele ficou atento, novamente.

Chrono foi o único que entendeu a manobra de Himiko. Ele saltou rapidamente nas costas de Inu, e apanhou o controle no ar. Então, instalou-o rapidamente na nuca do gigante de metal. O Olho do Robô ficou azulado, e ele ergueu o tronco, que se abriu nas costas e exibiu um assento e um manche. Chrono sorriu e se sentou. Ainda sorrindo, ele disse, apertando um botão no controle e deixando-o preso ali:

- He he, modo de Batalha.

O robô se ergueu nas patas traseiras, e abriu seu peito, exibindo um enorme canhão de plasma, pronto para disparar. Chrono segurou o Manche com firmeza. A partir de então, Youta passou a observar os movimentos do Robô. Entedera a habilidade de Chrono: ele era piloto daquela coisa.
Inu correu de sua maneira, de quatro, até chegar próximo aos robôs. Com suas patas dianteiras, ele agarrou um punhado deles e simplesmente os amassou, com uma força titânica. Em seguida, ergueu o braço contra os disparos de tinta que vinham e bloqueou-os. Os tiros atingiram seu braço, mais ricochetearam e acertaram outros Robôs de treino, derrubando-os. Após auxiliar Victor em sua “limpeza”, Inu abriu seus pseudo-ombros e exibiu três fileiras de quatro pequenos mísseis, que foram disparados em seqüência, acertando uma vasta parte da tropa inimiga. Então, ele levantou o canhão do peito, e disparou uma rajada que arrasou a tropa que estava a sua frente. O tiro era devastador, e limpou a área, destruindo todos em seu caminho. E foi o golpe decisivo, que destruiu todos os inimigos.

Youta desceu da arquibancada da área de Treinamento. Estava impressionado. Bateu palmas, com um sorriso de contentamento. Tinha gostado da tropa. Eles realmente eram a sua cara. Sorrindo, ele disse:

- Parece que vamos nos dar muito bem.

Antes que os membros da tropa pudessem responder, o comunicador de Youta tocou. Era Xiao Yu, com uma voz aflita:

- Um alerta vermelho, na região Leste da cidade. Uma bomba acaba de ser detonada nas imediações de um Hospital. As estruturas do local estão abaladas, e parece que foi um ataque Maverick. Signas disse que a missão de resgatar os civis e deter a ameaça é de vocês.

Youta ouviu atento o comunicado e disse, simplesmente: 

- Estamos a caminho.

Então, voltou-se para a tropa e disse, com um tom de voz sério:

- Mavericks atacaram uma região com muitos civis, próxima a um hospital. Temos que resgatar os civis e deter os Mavericks. Todos estão requisitados para ir. Alguma pergunta?

Todos ficaram em silêncio. Estavam conversando animadamente enquanto saíam da quadra e se calaram quando Youta falou com eles. Parecia que emudeciam na presença dele. Desviando os olhos dos seus aliados, ele disse:

- Ok, então vamos.

Todos o seguiram até a sala de Controle. Lá estava o modulador de teleporte, um dispositivo que permitia enviar matéria para pontos diversos. Bastava este ponto ser conhecido e mapeado. Todos subiram no transportador, quando Xiao Yu passou as últimas coordenadas:

- Seguinte, tomem cuidado. A área é perigosa, muito irregular e destruída, e existem Mavericks ali a rodo. Façam o possível para minimizar as perdas civis e cuidem para que a destruição não se alastre.

Youta concordou com a cabeça:

- Ok, entendido.

A viagem foi rápida. Em um instante, estavam na Base. No seguinte, sentiram um formigamento estranho. Quando deram conta de si, estavam em um lugar diferente. 
E o que viram chocou-os.
Um grande Maverick, com os punhos flamejantes, esmurrava com velocidade uma estrutura, prestes a derrubá-la. Ele parecia um dragão antropomórfico, que tinha pequenas asas fechadas em suas costas. Este estava de mãos nuas, mais parecia ser o suficiente. Era um boss. Estava acompanhado de vários Mavericks menores, segurando lanças longas a laser e Busters. Youta colocou a mão no cabo de sua Katana e segurou a bainha. Disse para os outros:

- Salvem os civis e após detenham os Mavericks.

E investiu em direção ao Boss. Este, que se distraía em derrubar o prédio, não viu o primeiro ataque de Youta, que rasgou seu braço esquerdo com eficiência, abrindo um grande corte vertical neste.
O dragão urrou. Olhou para Youta furioso e disse:

- Quem!?! Quem é o verme que ousa desafiar o poder de DRAGOON FIRESTORM!!?!

- Será que vocês sempre tem que falar antes de lutarem? – perguntou Youta com revolta, embaiando sua Katana novamente.

O dragão não respondeu. Apenas esmurrou Youta com seus punhos flamejantes. Youta sentiu o calor se aproximando rapidamente, e esquivou-se para a esquerda. Graças a armadura, estava bem mais rápido, e pôde evitar o ataque com perfeição.

Olhou para sua tropa rapidamente, e viu que eles faziam um bom trabalho.

Victor levantava um escombro, com a ajuda de Chrono e Inu, e tirava uma menina e sua mãe de dentro do lugar desabado. Enquanto isso, Akira e Himiko destruiam um hidrante e apagavam um incêndio, ao mesmo tempo que salvavam os inocentes do local incendiado. Não viu sinais de Kazuya, mas viu destroços de Mavericks destruídos caírem em um ponto a Norte, e pensou que ele estivesse por lá.

O Maverick não tinha detido seu ataque. Ao ver que Youta se esquivava do primeiro soco, saltou em seguida e aplicou um encontrão no hunter. Youta mal teve tempo de esquivar-se e por isso saltou para uma sacada destruída. Os ataques de Dragoon eram mais rápidos que os de Rat, e pareciam ser bem mais perigosos. Youta se firmou e ergueu sua Katana.
Dragoon sorriu com satisfação. Sem entender, Youta continuou encarando-o.
Até sentir uma dor lancinante em suas costas, que quase lhe abriu ao meio. A mesma dor que sentira quando a lâmina implacável que quase tinha-o matado o golpeou. Desta vez, o reflexo o fez rolar para frente, evitando o dano total do golpe.

Voltando-se para trás, desatento a Dragoon, ele viu um rapaz. Armadurado com leves placas roxas e com uma malha negra, tudo bem simples. Sobre seus ombros, usava uma capa violeta. Em suas costas, por baixo da capa, uma bainha também roxa podia ser vista. Ele segurava uma Katana, idêntica a de Youta, exceto por sua empunhadura, que era roxa no mesmo tom da armadura. Em sua testa, à guisa de proteção, estava um par de óculos de aviador, com as alças roxas e negras. Seus cabelos eram negros, finos e lisos, cortados curtos com franjas caídas sobre a testa e ligeiramente sobre os olhos. Porém o detalhe mais marcante era seu rosto: Seus olhos estavam fechados, e ele sorria um sorriso inocente, que lhe dava um contraste incrível com a Katana ensangüentada que segurava. Ele moveu a perna e disse, ainda sorrindo com os olhos fechados:

- Há quanto tempo, não é Youta-kun?

Youta o olhava com um olhar que misturava surpresa e ódio. Engasgado, e arfando por causa da dor, ele murmurou:

- Mori... Morisato!!!

[Surge Morisato e em uma hora crítica. O que o estranho rapaz tem a ver com Youta? A equipe do Capitão Miyamoto está ocupada. Quem poderá ajudar o Hunter em uma hora dessas? Conseguirá Youta sobreviver ao ataque de Morisato? Não percam o próximo capítulo!]

¹ Nome dado a armaduras de samurai.
² Desculpe... Eu sinto muito... “Youtazinho”.(?)
³ Eu te amo... Sr. Veterano Youta.
¹-¹ Boa Noite, Capitão Youta.
¹-² Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove e dez, respectivamente. O “HA!!!” ali posto é apenas um grito de explosão, normal em artes marciais.
¹-³ Cachorro, em Japonês.

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